Foi a civilização suméria, em 2000 a. C., que criou o sistema numérico sexagesimal. A escolha é bastante particular, já que a maioria das sociedades humanas escolheu 5, 10 ou 20 como seu número-base.
Os sumérios achavam o 60 bastante flexível já que ele é o menor número simultaneamente divisível por 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Se isso já é uma vantagem hoje, imagine naquela época, quando as continhas eram feitas usando os dedos das mãos. Foi essa facilidade que fez com que o 60 ganhasse aura de número mágico e se tornasse tão importante para aquele povo.
Essa base sexagesimal deu origem a diversas unidades antigas, como a dúzia (12), submúltiplo de 60 (60 dividido por 5), que foi usada para dividir a parte clara e a parte escura do dia em 12 horas cada. "Só não dividiram as partes do dia em 60 porque ainda não havia instrumentos que pudessem chegar a essa fração tão pequena de tempo", diz Roberto Boczko, do Instituto de Astronomia da USP. Quando os instrumentos tornaram-se mais precisos, notou-se a possibilidade – e a necessidade – de subdividir-se a hora.
Assim, em 1670, surgiu o minutum que, em latim, significa pequeno.
Foi o cientista holandês Christian Huygens, responsável pela divisão, quem decidiu manter a tradição suméria. Por volta de 1800, a necessidade de medir intervalos ainda menores levou ao aparecimento de um pequeno de segunda ordem, o que hoje chamamos só de segundo. E mais, milésimo de segundo, centésimo de segundo ...
* Um homem que ousa desperdiçar uma hora ainda não descobriu o
valor da vida. - Charles Darwin -