Confortavelmente na Austrália, em seu terno elegante e respondendo de forma tranquila a todas as perguntas.
(Foto: Reprodução/GloboNews)
"Com certeza pode mudar o país para sempre." Só não no sentido que a presidente coloca "de que se vai acabar com a impunidade". E ainda diz que nem ela nem o país vai vão se abalar por causa disso. Peraí presidente, fale por si e pelos seus conhecidos, apadrinhados e próximos. Boa parte do povo está indignado e não poderia ser diferente.
Faz parte do jogo democrático, disse ela, mas como? Então é preciso haver sangria nas empresas públicas para que se demonstre que o Brasil é um país democrático?
E novamente vem dizer que se a, b ou c fizeram algum "malfeito" (essa palavra deveria ser trocada pela correta e que melhor exprime o ato) serão investigados e punidos, veremos. Afirma ainda que não serão todas empresas a pagar do país a pagar. Claro que não, apenas as envolvidas:
Petrobrás, por enquanto através de Renato Duque, ex-diretor de serviços.
OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, presidente, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, vice-presidente do conselho, Alexandre Portela Barbosa, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor, José Ricardo Nogueira.
Engevix, Gerson de Mello Almada, vice-presidente, Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor, Newton Prado Júnior, diretor, Queiroz Galvão, Ildefonso Collares Filho, ex-diretor-presidente, Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor.
UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente, Ednaldo Alves da Silva , Walmir Pinheiro Santana, Carlos Alberto Costa Silva.
IESA, Otto Sparenberg, diretor, Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca já presos.
Camargo Correa Eduardo Hermelino Leite vice-presidente e Mendes Junior Sérgio Cunha Mendes diretor-vice-presidente-executivo ainda com mandatos a cumprir.
Outros mandados virão a público, certamente.
De causar escândalo é a defesa da honra dos funcionários (perfeitos) da Petrobrás. Segundo a presidente, a maioria absoluta não é corrupta. E ainda faz questão de lembrar que um dos maiores casos de corrupção investigados do mundo foi da gigante de energia americana Enron, que faliu. Será que se a Petrobrás chegar a esse ponto será apenas um número estatístico semelhante? Nada mais?
* A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade
é uma coisa muito nossa. - Jô Soares -