quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sentimos nojo por quê?



Porque o nojo é vantajoso para a sobrevivência, então tornou-se uma herança evolutiva e cultura comum na humanidade. 

O nojo nos ajuda a ficar longe de coisas que podem nos adoecer, como comidas estragadas, secreções corporais e animais infectos (baratas, ratos, lagartas, etc...). 

Também há um componente cultural forte: a aversão instintiva nos leva ao desejo de aprender o que devemos evitar. Basicamente, o nojo te ajuda a sobreviver para procriar e passar a sabedoria e os genes adiante. 

A parte do cérebro responsável pelo nojo, a ínsula, também está ligada a emoções. Por isso sentimos nojo de coisas abstratas, como da crueldade e da política brasileira.

Texto de Júlia Moióli - Fonte abr.io/fontesnojo




elfandarilha




* Pessoas descomprometidas, de início, causam-me raiva; depois, nojo. - Andreza Filizzola -


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Como faríamos se deixassem de existir?


Imagine sua vida sem estes seis itens, tendo que encontrar outras soluções, difícil não? Parecem tão sem importância, a princípio!





Lápis 

Nada mais simples: cilindro de grafite envolto em madeira. Por mais que os programas editores de texto evoluam, o lápis resiste firme e forte. Não precisa de bateria, dá para apontar com um canivete, basta uma borracha para apagar as anotações. E é muito barato.


Clipe

Se continuarão existindo documentos em papel, continua a necessidade de agrupar folhas avulsas e mantê-las juntas. O clipe é barato, eficiente e possibilita a diversão nos momentos de ócio entre um serviço e outro - atire a primeira pedra quem nunca encadeou centenas de clipes de um colega só para irritá-lo.


Livro 

Já experimentou imprimir 400 páginas de texto? Por mais que nos próximos anos se criem displays que imitem o papel, os livros tradicionais ainda têm um longo caminho pela frente. As traças agradecem.


Vela

Você tem o computador mais moderno, geladeira com acesso à internet, microondas que trabalha melhor que um chef francês. Mas um temporal acabou com o fornecimento de energia no seu bairro. Sem pilhas para a lanterna? Qualquer pessoa prudente teria velas para encarar uma situação dessas.


Zíper

Também conhecido como fecho éclair. Futuristas do século passados previram que, hoje em dia, fecharíamos nossas roupas com dispositivos eletromagnéticos. Mas ninguém arrisca quando o negócio envolve as próprias calças. As pessoas seguem confiando mais num dispositivo inventado em meados do século XIX.


Casa

Por mais que se fale em construções inteligentes, casas que interagem com seus habitantes, a esmagadora maioria da população mundial mora à moda antiga.





* O riso é eterno, a imaginação não tem idade, os sonhos são para sempre. - Walt Disney -


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Compras fora do Brasil; sistema será mais rigoroso em 2015




No primeiro semestre de 2015 será implantado um sistema mais rígido para passageiros de voos internacionais. As regras para os produtos importados continuam as mesmas , mas o fisco promete apertar o cerco contra a entrada irregular de produtos nos aeroportos do país.

Antes do avião pousar no Brasil, o Fisco já terá decidido quais serão as malas verificadas, isso graças às informações sobre passageiros que serão transmitidas  pelas companhias aéreas e em seguida cruzadas com os sistemas da Receita e da Polícia Federal. Além disso câmeras farão o reconhecimento facial, comparando com a foto do passaporte, com a finalidade de selecionar potenciais sonegadores, além dos suspeitos de lavagem de dinheiro.

Os fiscais terão acesso a local de origem, duração da viagem e peso da bagagem do passageiro. A data para o início de funcionamento do novo sistema ainda não foi definida, apenas prometem que o viajante comum ganhará mais agilidade no desembarque. 

As mercadorias adquiridas no exterior e chegarem por via aérea ou marítima não poderão exceder o valor de US$ 500 e US$ 300 terrestre ou fluvial. Ultrapassadas estas cotas os produtos deverão ser especificados na Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (eDBV) e serão tributados à alíquota única de 50%, aplicada sobre o valor excedente. Sendo o viajante fiscalizado e sem a DBV será multado em 50% do valor excedente mais o imposto devido.

US$ 3 mil em bens poderão ser retirados e tributados segundo as regras oficiais de importação.

Bens de uso pessoal, relógio de pulso, celular, câmera fotográfica, desde que seja apenas uma unidade do produto e já deverá ter ido usado. Televisor, tablet e câmera de vídeo poderá ser tributado se ultrapassar a cota. Note que o bem importado se soma àqueles levados do país. Caso o viajante leve consigo algum desses itens e retorne com mais um, deixa de ser de uso pessoal e passa a fazer parte da cota de imposto. Para ter direito ao benefício de isenção o viajante não poderá fazer mais de uma viagem no mês, a isenção só vale para a primeira saída , ainda que traga um item por vez.




Os artigos de vestuário, considerados também como bens de uso pessoal, mas que a isenção de impostos pressupõe que a peça venha ser utilizada no exterior e depende das circunstâncias e do tempo da viagem. Exemplos: enxoval de bebê poderão ser taxados, caso a criança ainda não tenha nascido ou não esteja com os pais na viagem. 

E o sonho das noivas em ter um vestido importado pode ficar mais caro. O vestido de noiva estará sujeito às regras da Aduana. Só serão isentos os vestidos adquiridos no exterior se a viajante casar-se durante a viagem, caso contrário haverá taxação no retorno ao País.

Os equipamentos ligados à profissão, desde que comprovadamente tenha sido utilizado profissionalmente no exterior e seja portátil terão isenção de tributos. A liberação dependerá da avaliação do fiscal.

Os produtos adquiridos nas lojas de desembarque no Brasil, observadas as cotas bebidas alcoólicas 12 unidades, charutos e cigarrilhas 25 unidades, cigarros estrangeiros 10 maços, souvenir: 20 unidades até US$ 10 cada e fumo 250 gramas),  são isentos de impostos desde que não excedam US$ 500 (equivale a uma segunda cota). Já os produtos de Free Shops de saída do Brasil ou de outros países são contabilizados juntamente com os demais adquiridos no exterior e somam na cota principal, também de US$ 500, o excedente é tributado em 50%.

Para comprovação de que um produto não foi comprado no exterior, desde outubro de 2010, o turista que sai do Brasil deve levar a nota fiscal e deverá ser apresentado em lugar da declaração dos bens importados que serão levados na viagem. Não ausência das notas fiscais o viajante deverá apresentar outro meio idôneo que comprove, podendo ser a Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (eDBV) anteriores. Os casos de importação via Correios, o comprovante de pagamento do imposto emitido pela estatal tem validade. Não são alvo de fiscalização as mercadorias de fabricação nacional.

E o dinheiro em espécie, há limite?

A Declaração Eletrônica de Bens de Viajantes (eDBV), que pode ser feita pela internet deverá ser apresentada quando o viajante portar R$ 10 mil ou mais em moeda nacional ou estrangeira. Esta deverá ser apresentada no momento da saída ou ingresso no País, à alfândega para validação. Servirá apenas para controle por parte da Receita Federal e não haverá tributação sobre o valor. A não apresentação do documento, poderá configurar crime de evasão de divisas.




* Nada é mais certo neste mundo do que a morte e os impostos. - Benjamim Franklin -

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A cor dos flamingos


Será que podemos dizer "diz-me o que comes, dir-te-ei de que cor és?"

A resposta é sim - pelo menos para alguns seres vivos!

Vejamos os flamingos: são aves esbeltas que nos fascinam, principalmente, pela sua cor - um lindo rosa avermelhado a que não ficamos indiferentes.

Mas sabia que essa bela cor resulta da sua alimentação?

Os flamingos alimentam-se de crustáceos, algas e pequenos insetos ricos em pigmentos parecidos com os que existem nas cenouras a que chamam carotenóides. Após a sua ingestão, estes pigmentos depositam-se em várias partes do corpo, incluindo nas penas, nas pernas e no bico. A intensidade da cor depende da quantidade de pigmentos presentes na dieta.

Portanto os flamingos com uma cor mais viva são aqueles que vivem em locais onde podem ingerir elevadas doses de carotenóides.

De fato, está bem demonstrado que uma alimentação pobre em pigmentos originará uma plumagem mais clara ou mesmo esbranquiçada.

Mas os flamingos não são os únicos mestres da pintura.
A cor característica dos salmões também é reflexo da sua alimentação.

Créditos: Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto - “Faça-nos perguntas!” aqui questoesbiotecnologia@porto.ucp.pt



* Porque viver na escuridão, se pelas cores é tão mais fácil enxergar? 
- Tatiana Moreira Alvarez -


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Diretor Jorge Sequeira diz que professor deve ser reconhecido e valorizado



O Diretor da Secretaria de Educação para a América Latina e Caribe da Unesco disse em entrevista à UOL 
que o papel do professor deve ser reconhecido com valorização social e salarial. 

"Quando eu era criança, o docente tinha muito valor social, tinha mais importância na sociedade, na comunidade, assim como os diretores de escola. Hoje em dia, essa valorização social foi perdida. Temos que recuperá-la, mas isso implica em melhores condições de vida, melhores salários, valorização social, mais importância e reconhecimento (da profissão) na sociedade", afirma.

Segundo ele, alguns países, entre eles Colômbia e Brasil , tiveram importantes avanços em educação, mesmo que o grupo latino-americano ainda apresente desempenho abaixo da média no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa).

"É preciso seguir adiante, manter-se sempre crescendo, formar e dar apoio a docentes, porque são eles que realmente mudam a qualidade da educação na sala de aula. Se existe ganho de aprendizagem, o fator fundamental para melhorar a qualidade da educação são os docentes", frisou ele.

Segundo Sequeira a solução para os problemas educacionais da América Latina não estão obrigatoriamente no aumento dos recursos para o setor. Defende que é necessário repensar e investir em áreas estratégicas.
"Muitos países não podem necessariamente colocar mais recursos, mas podem colocar melhores recursos, ou seja direcionar o investimento para onde mais necessita. A porcentagem do PIB para a educação em países como México e Argentina é de cerca de 6%, é muito recurso.
Então é preciso utilizar esses recursos onde mais se necessita, que é na educação básica, sem prejudicar a educação superior".

Jorge Sequeira defende que os investimentos concentrem-se na pré-escola e nos primeiros anos do ensino fundamental. "Os países devem desenvolver políticas que apontem para os mais desfavorecidos, para fortalecer a educação pública, e não necessariamente começar (os investimentos) nas universidades. É preciso investir onde está a raiz da desigualdade, que é a educação pré-primária e primária, disse ele.

Foram destacados pelo diretor o México, Argentina, Costa Rica, Chile e Uruguai, estes têm procurado diversificar os investimentos e feito reformas em seus sistemas educativos.

E estas mudanças, reitera Sequeira, não é exclusividade do governo. "É possível melhorar os investimentos na educação, mas carece de políticas públicas a longo prazo, com continuidade e apoio, sobretudo com a participação de todos: pais, crianças, jornalistas, professores, parlamentares, funcionários; a educação é um assunto que compete a todos, não apenas ao Ministério da Educação e aos docentes" diz.


* E nós temos certeza que assim deve ser, como aliás já foi, no passado. Em especial na parte que toca à participação de todos. O Estado deve priorizar a educação como uma atividade relevante, valorizando com melhores remunerações aos professores, que a escolheram como profissão. A pesquisa Atratividade da Carreira Docente no Brasil feita pela Fundação Victor Civita, mostrou que apenas 2% de alunos do ensino médio têm interesse em seguir carreira de professor, dados de 2013. E além disso ainda são transferidos para esse profissional outras responsabilidade, além da função de transmitir conhecimento. Sabemos que há situações em que os professores são desrespeitados pelos pais dos alunos, inclusive. 



* Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de 
dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro. - D. Pedro II -


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Não podermos acordar um sonâmbulo, é lenda




Fala-se em ataque cardíaco, mal súbito, isso é mito. O máximo que pode acontecer ao sonâmbulo, caso ele seja acordado durante uma crise de sonambulismo é um belo susto. Sim, acordá-lo quando estiver andando pela casa não é muito diferente de despertar alguém que esteja dormindo na cama. 


Segundo o neurologista Luciano Ribeiro, do Instituto do Sono da Unifesp "Durante a crise de sonambulismo, a pessoa sai do estado de sono profundo, mas não fica totalmente consciente". O sonâmbulo ativa suas funções motoras durante o sono, explica Luciano Ribeiro. Mas isso ocorre antes de ele entrar na fase REM (sigla em inglês) para movimento rápido dos olhos, o período em que as pessoas mais sonham. "Apesar da atividade, sua consciência permanece adormecida."


A consequência disso é que a pessoa levanta-se, abre a geladeira, janelas, muda móveis de lugar. Pode inclusive sofrer um acidente, como rolar escada abaixo ou tropeçar. Convém reconduzir o sonâmbulo até a cama sem despertá-lo. Se não conseguir, acorde-o sem qualquer receio. Afinal entre levar um susto e um eventual acidente, opta-se sempre pelo primeiro.


Apesar de não haver mal algum em acordar o sonâmbulo é importante ressaltar os cuidados a serem tomados pela família ou o próprio. Guardar objetos cortantes e perfurantes, trancar portas e janelas e evitar qualquer situação que possa causar perigo à pessoa no momento em que ocorra o episódio.



* Minha coragem foi a de um sonâmbulo, que simplesmente vai... 
- Clarice Lispector -


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Armstrong e Voltaire não disseram estas frases




Por mais que ouçamos a frase verdadeira não nos esquecemos destas.  Ou apenas nos lembramos destas?



“É um pequeno passo para o homem, um grande salto para a Humanidade”



Elfandarilha

Se você reparar com atenção, vai perceber que a icônica frase dita por Neil Armstrong ao pisar na Lua tem um problema conceitual. 

“O homem” é equivalente a “a humanidade”, tornando a afirmação um pouco redundante – ou, simplesmente, sem sentido. Seria um tanto frustrante, caso o astronauta realmente a tivesse dito desta forma.
Neil argumentava que uma palavra se perdeu em meio a estática durante a transmissão: sua frase original teria sido “É um pequeno passo para um homem, um grande salto para a Humanidade”.

Foram várias as tentativas públicas de Armstrong para corrigir o sentido de sua fala, mas, como você deve ter imaginado, elas foram em vão. A sentença imortalizada é aquela que todo o mundo ouviu em 1969 – faça sentido ou não.




“Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”



Elfandarilha

Apesar do que você possivelmente ouviu nas aulas de história, Voltaire nunca disse as palavras acima. 

Mas a sua biógrafa o fez: é da escritora inglesa Evelyn Beatrice Hall a famosa frase que simboliza o direito de livre expressão. Sob o pseudônimo de Stephen G. Tallentyre, a autora teria criado esta sentença para resumir o pensamento do filósofo na biografia The Friends of Voltaire, de 1906, como afirma o livro They Never Said It: A Book of Fake Quotes, Misquotes, and Misleading Attributions.




* Para ter sucesso neste mundo não basta ser estúpido, é preciso também 
ter boas maneiras. - Voltaire -