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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Dilma diz: maioria absoluta da Petrobrás não é corrupta



Confortavelmente na Austrália, em seu terno elegante e respondendo de forma tranquila a todas as perguntas.



(Foto: Reprodução/GloboNews)


Desde a prisão dos chefes dos empreiteiros no  escândalo da Petrobrás, a presidente exaltou o mérito do governo de estar investigando a corrupção, pela primeira vez na história do Brasil e ainda acusou os governos anteriores (Lula?) pela corrupção que está acontecendo hoje. Para ela o escândalo será um marco na história do país.

"Com certeza pode mudar o país para sempre." Só não no sentido que a presidente coloca "de que se vai acabar com a impunidade". E ainda diz que nem ela nem o país vai vão se abalar por causa disso. Peraí presidente, fale por si e pelos seus conhecidos, apadrinhados e próximos. Boa parte do povo está indignado e não poderia ser diferente. 
Faz parte do jogo democrático, disse ela, mas como? Então é preciso haver sangria nas empresas públicas para que se demonstre que o Brasil é um país democrático? 

E novamente vem dizer que se a, b ou c fizeram algum "malfeito" (essa palavra deveria ser trocada pela correta e que melhor exprime o ato) serão investigados e punidos, veremos. Afirma ainda que não serão todas empresas a pagar do país a pagar. Claro que não, apenas as envolvidas:

Petrobrás, por enquanto através de Renato Duque, ex-diretor de serviços. 

OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, presidente, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, vice-presidente do conselho, Alexandre Portela Barbosa, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor, José Ricardo Nogueira. 

Engevix, Gerson de Mello Almada, vice-presidente, Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor, Newton Prado Júnior, diretor, Queiroz Galvão, Ildefonso Collares Filho, ex-diretor-presidente, Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor. 

UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente, Ednaldo Alves da Silva , Walmir Pinheiro Santana, Carlos Alberto Costa Silva.

IESA, Otto Sparenberg, diretor, Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca já presos.

Camargo Correa Eduardo Hermelino Leite vice-presidente  e Mendes Junior Sérgio Cunha Mendes diretor-vice-presidente-executivo ainda com mandatos a cumprir.

Outros mandados virão a público, certamente.



De causar escândalo é a defesa da honra dos funcionários (perfeitos) da Petrobrás. Segundo a presidente, a maioria absoluta não é corrupta. E ainda faz questão de lembrar que um dos maiores casos de corrupção investigados do mundo foi da gigante de energia americana Enron, que faliu. Será que se a Petrobrás chegar a esse ponto será apenas um número estatístico semelhante? Nada mais? 



* A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade 
é uma coisa muito nossa.  - Jô Soares -


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Generosa Petrobrás US$ 434 milhões de indenização à Bolívia


Brasil e Bolívia têm contratos para fornecimento de gás. Isso é normal, relações entre  países  geram  importação e exportação. Tudo  isso é contratado, mas do Brasil  para a Bolívia, em setembro  passado aconteceu  algo que, por  mais explicações que  venham a dar, não serão  suficientes  para justificar tamanha desfaçatez. 


A Petrobrás, empresa brasileira,  em sérias dificuldades  financeiras  por conta da má gestão  e da  corrupção,  pagou à Bolívia US$ 434 milhões a mais do que o contratado. A explicação para a "indenização" de tal valor, por parte da Bolívia é de  que o gás exportado  para o Brasil é "rico"  (pelo valor deveria ser milionário rsrs),  com  componentes nobres usados  na indústria  petroquímica, porém destinou-se à geração de  energia térmica.  Para ficar  tudo muito melhor é retroativo, relativo  ao período de  2008 a 2013,  isto significa que poderão cobrar pelo ano de 2014, futuramente?


A gentil Petrobrás atendeu a uma reivindicação (no nosso velho e bom dicionário de português: exigência) do governo de Evo Morales feita na era Lula. Causou espanto até na esfera oficial, disse uma fonte do governo ao jornal Valor (9/10). "Não havia por que pagar por um produto que o Brasil não utilizou e que não estava previsto em contrato." 


O acordo foi rápido entre o presidente da fornecedora boliviana YPFB, Carlos Villegas, e o diretor da Área de Gás e Energia da Petrobrás, José Alcides Santoro. Segundo analistas, a estatal cedeu porque teria levado em conta a necessidade de a Bolívia entregar o gás prometido a uma termoelétrica de Cuiabá. O governo Morales usou de um expediente eficaz: ameaçava não atender a termoelétrica de Cuiabá. 


Contratos bilaterais devem atender os interesses das partes. É abominável a submissão do governo brasileiro cedendo à pressões da Bolívia. Essa reivindicação retroativa, e particularmente nesta época, recebeu o nome de "indenização". Em outros tempos esse tipo de negociação era designada por outro termo. Os tempos não mudaram, devem ter mudado os valores!



* O chantagista disfarça sua incompetência, o chantageado revigora o ego... ambos alimentam-se ... (desconheço a autoria).