Japão é um arquipélago de 6 852 ilhas, cujas quatro maiores são Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku, representando em conjunto 97% da área terrestre nacional. A maior parte das ilhas é montanhosa, com muitos vulcões como, por exemplo, os Alpes japoneses e o Monte Fuji. E mais uma será inserida ao mapa.
A ilha vulcânica de Nishinoshima, a cerca de mil quilômetros a sul de Tóquio, está em vias de ser um verdadeiro fenômeno, alvo de estudo dos pesquisadores.
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Esta nova ilha a inserir no mapa foi vista pela primeira vez em erupção em 1973. O que era um pequeno cone à superfície foi dando lugar a uma extensa área. Mesmo assim, o pedaço de rocha é apenas a ponta de um vulcão submarino com três quilômetros de altura e mais de 90 quilômetros de circunferência na sua base.
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Seguiu-se uma segunda fase, batizada de "Strombolian", em que a lava mais antiga arrefecia e formava sulcos e tubos onde a lava mais recente descia antes de chegar à água. O fenômeno explica a forma como as ilhas estabelecem a sua superfície.
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Em 2013, jatos de lava ascenderam à superfície do oceano e a ilha subiu 25 metros acima do nível do mar em apenas um mês. Os cientistas concluíram que a formação da ilha passou por uma primeira etapa de erupção, "Surtseyan", com a liberação repentina de lava quente na água.
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Naoki Kachi, professor e líder do Comitê de Pesquisa de Ogasawara da Universidade Metropolitana de Tóquio, explicou: “Nós biólogos estamos levando todo nosso foco na nova ilha porque poderemos observar o ponto inicial do processo evolucionário." “Após a atividade vulcânica se acalmar, provavelmente chegarão plantas trazidas pelas correntes oceânicas e pelos pés das aves”.
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A ilha vulcânica se funde com outra, nesta imagem de janeiro de 2014.
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"A terra ensina-nos mais acerca de nós próprios do que todos os livros.
Porque ela nos resiste." - Antoine de Saint-Exupéry -