Esta vida são dois dias e o Carnaval são três, diz o povo, mas no Brasil os políticos transformaram a governação num Carnaval permanente. Nem bem passou o Carnaval e o presidente da Câmara dos Deputados antecipou o natal das mulheres dos deputados.
"Não vai haver economia de nada nem aumento de nada. Será o mesmo Orçamento com a mesma despesa total". "Estou fazendo apenas a correção inflacionária. Ninguém está dando aumento. Não estou aumentando verba, mas corrigindo pela inflação a verba, que é o salário dos funcionários dos gabinetes."
A partir de 2015, a despesa extra será da ordem de R$ 146,5 milhões por ano. Será que despesa extra não significa nada para o deputado/presidente? Vejo que o problema da redação de português do Enem que teve um número absurdo de redações zeradas, não foi a única ocasião em que a interpretação de texto é problemática.
Também foi autorizado que a verba seja usada para comprar passagem aérea para cônjuges, atendendo à reivindicação de mulheres de parlamentares. O recurso só poderá ser usado quando o itinerário for entre Brasília e o estado de origem.
Essa verba já foi usada de forma escandalosa no passado recente, tendo sido suspensa justamente por isso e agora "graças à indulgência" do ilustre presidente será novamente atribuída, mais uma benesse, com o dinheiro do imposto pago pelo povo, à duras penas.
E o que resta ao povo trabalhador, honesto e que é sangrado todos? Vejo três opções: agarra no pouco que lhe resta e muda de país, aceita e diz sim senhor, sim senhor ou manifesta-se e prova que o povo tem direito de ser respeitado.
* O vício inerente ao capitalismo é a distribuição desigual de benesses; o do socialismo é a distribuição por igual das misérias. - Winston Churchill -