sábado, 4 de julho de 2015

Grécia: o berço da civilização europeia em crise

É uma República Parlamentarista localizado no sul da Europa, segundo o senso de 2011, a população é de aproximadamente 11 milhões de pessoas. A capital é Atenas, a maior cidade do país. A atual Constituição, consiste em 120 artigos, prevê a separação dos poderes em executivo, legislativo e judiciário, está em vigor desde 1975, tendo sido revisada em 1986 e 2001.


Vista da vila de Oia, na ilha de Santorini, um dos principais pontos turísticos do país.
 title=© Flickr : Oia, Santorini/Creative Commons 


Monastério da Santíssima Trindade, em Meteora, no norte do país.
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© Dido3/Creative Commons 

Em 25 de janeiro de 2015, ocorreram as eleições legislativas no país e o partido de extrema esquerda, Syriza, venceu o pleito grego com 70% dos votos apurados. O partido conquistou 149 das 300 cadeiras do Parlamento, tornando Alexis Tsipras, de 40 anos, primeiro-ministro.


O antigo teatro de Epidauro é hoje utilizado para espetáculos de dramas gregos.
 title=© Ferengi/Creative Commons


Centro e Museu Tessalônico de Ciência e Tecnologia.
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© Noesis/Creative Commons 


Este resultado configura um marco na história do país, que há mais de 200 anos esculpe um Estado moderno grego. É a primeira vez que um partido de esquerda assume o poder.


Vista porto de Heraklion a partir de Kommeno Bedeni, para as paredes.
 title=© C messier/Creative Commons


O porto de Patras , na Grécia 
elfandarilha© Jean Casa/Creative Commons 


O país está estrategicamente localizado no cruzamento entre a Europa, a ásia, o Oriente Médio e a África.  O país é composto por nove regiões geográficas: Macedônia, Grécia Central, Peloponeso, Tessália, Épiro, Ilhas Egeias (incluindo o Dodecaneso e Cíclades), Trácia, Creta e Ilhas Jônicas. O Mar Egeu fica a leste do continente, o Mar Jônico a oeste e o Mar Mediterrâneo ao sul.


Vista aérea dos bairros centrais de Thessaloniki
 title=© MWD/Creative Commons


A Ponte Rio-Antirio, perto da cidade de Patras, é a mais longa ponte estaiada da Europa e a segunda no mundo.
elfandarilha© Ylvo/Creative Commons 


A Grécia é hoje relativamente homogênea em termos linguísticos, com a grande maioria da população nativa usando o grego como sua língua materna. A língua grega remonta a 3 500 anos, e  o grego moderno preserva muitos elementos do seu antecessor clássico.


Hermópolis, capital da ilha de Siro e das Cíclades.
 title=© Hans Peter Schaefer/Creative Commons


Praia Navagio, em Zaquintos.
elfandarilha© Sokoban/Creative Commons 


A Grécia moderna tem suas raízes na civilização da Grécia antiga, considerada o berço de toda civilização ocidental. Como tal é o local de origem da democracia, da filosofia ocidental, dos Jogos Olímpicos, da literatura ocidental, da historiografia e a comédia.


Mount Olympus - a montanha mais alta da Grécia ; ver a partir da cidade de Litochoro , nas raízes da Olympus.
 title=© Salonica84/Creative Commons


A Chama Olímpica durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2004 no Estádio Olímpico de Atenas.
elfandarilha© Alterego/Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 licença


As conquistas gregas influenciaram grandemente o mundo. Este rico legado é parcialmente refletido nos 17 locais considerados pela Unesco como Patrimônio Mundial.


A Entrada do Rei Oto I em Atenas, Peter von Hess, 1839 - Pintura a óleo por Peter von Hess
 title=© Neue Pinakothek, München/Creative Commons


A Academia de Atenas é a academia nacional da Grécia e a maior instituição de pesquisa do país.
 title=© A.Savin/Creative Commons  


A Grécia é um membro fundador das Organização das Nações Unidas (ONU), é membro do que é hoje a União Europeia desde 1981 - e da Zona Euro desde 2001 -, além de ser membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN ou NATO) desde 1952.


Parlamento Helénico, sede do poder legislativo, no centro de Atenas.
elfandarilha© A.Savin/Creative Commons


Panteão, na Acrópole de Atenas.
 title=© Andrew Baldwin de Santa Clara, Estados Unidos/Creative Commons  


A Economia grega atualmente está mergulhada em profunda crise. Até o final de 2009, como resultado de uma combinação de fatores locais e internacionais (respectivamente, a crise financeira mundial e os gastos descontrolados do governo), a economia grega enfrentou sua crise mais grave desde a restauração da democracia em 1974. No início de 2010, foi revelado que os sucessivos governos gregos tinham sido responsáveis por ter consistente e deliberadamente deturpado as estatísticas econômicas oficiais do país para mantê-lo dentro das diretrizes da união monetária. Isto tinha permitido que os governos do país gastassem além de suas possibilidades, ao esconder o défice real de supervisores da União Europeia. 

Em maio de 2010, o défice orçamental grego foi novamente revisto para uma previsão de 13,6%,56 um dos mais altos do mundo em relação ao PIB57 e a previsão da dívida pública foi, de acordo com algumas estimativas, para 120% do PIB em 2010, uma das mais altas taxas do mundo. Como consequência, houve uma crise de confiança internacional na capacidade da Grécia de pagar sua dívida soberana. Em maio de 2010, os outros países da Zona Euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) concordaram com um pacote financeiro de resgate que envolveu a Grécia, dando um empréstimo imediato de 45 bilhões de euros, com mais fundos em seguir, num total de 110 bilhões de euros.

A Grécia foi convocada a tomar duras medidas de austeridade para controlar seu déficit e sua execução seria acompanhada pela Comissão Europeia, o Banco Europeu e o FMI. Até o dia 29 de junho, com enormes dificuldades a Grécia havia conseguido saldar seus compromissos.
A Grécia não realizou o pagamento de uma parcela de 1,6 bilhão de euros de um empréstimo concedido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) até o fim do prazo estabelecido, marcado para a 1h da manhã de quarta feira (01/07/2015).

O "calote técnico" grego é inédito. Até hoje, nenhuma das economias consideradas desenvolvidas havia deixado de pagar um empréstimo concedido pelo FMI. Após meses de negociações sem acordo e um "calote técnico", um referendo será realizado no dia 5 de julho. Os gregos votarão se aceitam ou não as novas medidas de austeridade impostas pelos credores internacionais.


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http://g1.globo.com/

E se isso levasse à saída da Grécia? Em entrevista ao Programa "Olhar o Mundo" da RTP, canal de televisão portuguesa Joseph H. H. Weiler, presidente do Instituto Universitário  Europeu, respondeu da seguinte forma:
" - Conseguimos imaginar o Euro sem a Grécia?
  - Podemos imaginar a Europa sem a Grécia, o berço da nossa civilização?
  - Talvez eu seja um romântico, mas para mim isso é impensável ... "


Vista do Lycabettus em Atenas (Ática, Grécia)
 title=© A.Savin/Creative Commons


Vista panorâmica de partes da antiga cidade Corfu, um Patrimônio Mundial pela UNESCO, a partir de Palaio Frourio. A Baía de Garitsa pode ser vista à esquerda.
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© Marc Ryckaert (MJJR)/Creative Commons

Referências: G1.com.br
                     Wikimedia.org
                      Rádio e Televisão Portuguesa



"Aquele que sempre cede acaba não tendo seus próprios princípios". Esopo, escritor grego (620 a.C. - 564 a.C.)