Está na Rua do Salvador, n.º 26, em Alfama. A placa data de 1686 mandada afixar por D. Pedro II para orientar os coches e carroças que passavam por esta rua estreita.
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"Ano de 1686. Sua Majestade ordena que os coches, seges e liteiras que vierem da Portaria do Salvador recuem para a mesma parte".
Esta rua, que foi muito importante há 4 séculos, quando ligava as portas do Castelo de São Jorge à Baixa, é, hoje em dia, uma pequena travessa, infelizmente cheia de prédios arruinados (como tantas outras na mesma região), entre a Rua das Escolas Gerais e a Rua de São Tomé. A meio da pequena subida há um edifício, fora do alinhamento dos restantes, que a estrangula.
Na época este estreitamento era causa de muitas discórdias entre os carroceiros que subiam ou desciam a rua. Se dois se encontrassem a meio, nenhum cedia passagem, uma vez que era tarefa difícil fazer recuar os animais. Houve mesmo lutas e duelos, com feridos e mortos.
Para evitar tais discórdias, foi publicado então um Édito Real e afixada esta placa no local, estabelecendo a prioridade a respeitar em tal situação.
... As pessoas que não cumprirem “…serão degradadas por tempo de cinco annos para as Praças da Bahia, Pernambuco, ou Rio de Janeiro, e pagarão 2:000 cruzados…
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Desses padrões, que foram dos primeiros sinais de trânsito afixados em toda a
Europa, em Lisboa encontra-se este único exemplar, sobrevivente do
terramoto de 1755, que pode ser visto numa parede da rua de São Salvador na
zona do Castelo.
Rua do Salvador
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"A história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória,
mestra da vida, anunciadora dos tempos antigos." - Cícero -