domingo, 26 de junho de 2016

Cratera de 100 metros de profundidade na Sibéria tem explicação


Conhecido como "porta de entrada para o submundo" e "portão do inferno" o profundo abismo Batagaika Crater na Sibéria, começou a se formar na década de 1960, quando uma área de floresta foi derrubada: a terra afundou e, em seguida o processo tem-se acelerado devido a temperaturas quentes dos últimos anos. As grandes inundações de 2008 aumentou o tamanho da cratera, que cresce 15 metros a cada ano, segundo publicação do  "The Siberian Times". A cratera tem um quilômetro de comprimento e 100 metros de profundidade.

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© Alexander Gabyshev porta do inferno

Uma expedição recente foi determinar as camadas do solo. O Professor Julian Murton da Universidade de Sussex (Reino Unido), viajou para o local, 676 quilômetros ao norte de Yakutsk, capital da República de Sakha, e determinou que a idade do solo é de cerca de 200.000 anos.

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© Twitter

Amostras de solo também indicam que há milhares de anos o clima na região de Verkhoyansk era como agora ou ainda mais quente, disse Murton. "Este projeto vai permitir-nos a comparação entre dados de sítios semelhantes na Groenlândia, Antártida ou China. Os dados sobre solos antigos e vegetação vai nos ajudar a reconstruir a história da Terra,"  disse  o cientista aos jornalistas russos.

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© Instituto de Ecologia Aplicada do Norte, Universidade Federal do Nordeste

"A cratera Batagaika tem um tamanho impressionante, não é coberta, todas as camadas são claramente visíveis e podem ser estudados com rigor", disse Murton, acrescentando que sua equipe também coletará amostras de resíduos de árvores para investigar que tipo de florestas cresceu nesta área.

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© Instituto de Ecologia Aplicada do Norte, Universidade Federal do Nordeste

Nos últimos anos, no contexto das mudanças climáticas, devido ao aquecimento, a ravina cresceu por toda a cratera.

© Instituto de Ecologia Aplicada do Norte, Universidade Federal do Nordeste

Em 2009, carcaças de animais da era Holoceno, cerca de 4400 anos foram descobertas. Entre elas restos de bisões antigos, cavalos, alces, mamutes e renas.

© Alexander Gabyshev,  Research Institute of Applied Ecology of the North 

A área é um dos lugares mais frios do planeta, e concorre com Oymyakon, da mesma região, para o título de lugar mais frio habitado do mundo. 


“Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia.” 
― William Shakespeare ―