terça-feira, 23 de junho de 2015

A Terra está entrando em uma nova fase de extinção

O relatório lembra que perda da biodiversidade e a ameaça aos ecossistemas é um dos problemas da atualidade.

Elfandarilha
© Greenpeace

Três universidades norte-americanas lideraram um estudo e a conclusão foi: a Terra está entrando em uma nova fase de extinção. A espécie humana é uma das que mais correm risco de se perderem, segundo o estudo. Desmatamento e alteração climáticas são as principais ameaças.

Os cientistas que fizeram o estudo são das universidades de Stanford, Princeton e Berkley e concluíram que os vertebrados estão, na atualidade, desaparecendo a uma velocidade 114 vezes superior ao normal. Consta também do relatório que, desde o início do século XX, desapareceram mais de 400 espécies de animais com coluna vertebral segmentada.
"Estamos agora entrando na sexta maior fase de extinção" do planeta, afirmou um dos investigadores norte-americanos do estudo que foi publicado na revista científica Science Advances.

A última ocorrência de um período desta dimensão, ocasionou o desaparecimento dos dinossauros e foi há aproximadamente 65 milhões de anos.

O cientista que liderou o estudo Gerardo Ceballos, salientou que "caso seja possível a sua continuação, a vida na Terra levaria muitos milhões de anos a se recuperar e a nossa espécie provavelmente desapareceria".

Ficou demonstrado e foi apresentado no relatório que as perdas verificadas em 100 anos seriam normalmente registradas num período superior a 10 mil anos.

Ameaça climatérica

O estudo destaca as alterações climáticas, desmatamento e poluição como causas prováveis para a velocidade verificada nesta onda de extinção. O efeito estufa e o aquecimento global causam perturbações nos ecossistemas, destruindo-os. Consequência da poluição imposta pelos humanos, e agravada pelas perdas obtidas com a destruição das florestas.

A absorção do dióxido de carbono é maior que a produção de oxigênio, processo para os quais a contribuição das florestas é primordial. Esse desequilíbrio provoca alterações nos sistemas e interfere na ecologia.
Paul Ehrlich, professor em Standford, destaca que "há exemplos de espécies em todo o mundo que são essencialmente mortos-vivos". Estamos serrando o galho onde estamos sentados", frisou, em declarações mencionadas pela edição online da BBC. O cientista alerta para a presença de espécies na Terra que estão ameaçadas a um nível que antevê a sua extinção.

"É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve." - Victor Hugo -